O que escutamos falar sobre ansiedade?
Novamente trago o alerta de que o objetivo do texto é compartilhar informações e não de direcionar para um diagnóstico. Até mesmo porque trouxe essa discussão justamente para ampliarmos nossa visão de nós mesmos e do outro.
Podemos classificar mais de um tipo de transtorno de ansiedade, mas aqui vou listar as características mais comuns:
- Ansiedade e preocupação excessiva com atividades ou eventos do dia a dia;
- Preocupação que parece difícil de se controlar;
- Medo constante de que algo ruim possa acontecer;
- Irritabilidade; inquietação; fadiga
- Dificuldade para se concentrar.
Outro aspecto muito comum que as pessoas costumam associar com uma “crise de ansiedade”, são os sintomas físicos. Esses sintomas podem aparecer como falta de ar, tonturas, palpitações, choro compulsivo, insônia. Muitas vezes a pessoa acredita que está com risco de vida por ter sensações tão fortes.
Depois que uma pessoa é diagnosticada ou acredita que está nessa condição, é comum que ela se enxergue como uma pessoa depressiva ou ansiosa, quase como se esse fosse seu novo sobrenome.
Por um lado, é importante reconhecer quando precisa de ajuda, pois se sentir dessa maneira não é errado. Mas é preciso ter cuidado, pois ela pode deixar de enxergar sua história de vida, sejam coisas boas ou ruins e passa a enxergar que a partir de agora tudo está ligado a essa condição.
A psicoterapia auxilia justamente nesse processo: não limita a pessoa a se enxergar apenas como uma característica/diagnóstico e poderá se aprofundar naquilo que está sentindo, trazendo o que compõe a própria realidade individual.
Dentro desse processo é possível se aproximar do que você está sentindo e pensando, que vai além da tristeza, apatia, insônia ou falta de ar. Quando abrimos a possibilidade de nos conhecermos, vamos buscando alternativas para lidar com essas questões e dores que tanto nos incomodam.