O que escuto sobre depressão?
É comum vermos com frequência notícias de como os índices de depressão e ansiedade vêm aumentando nos últimos anos. Principalmente no Brasil e países da América Latina, onde temos questões culturais, econômicas e sociais que contribuem para este cenário.
Na mesma intensidade que esses índices aumentam, nossa curiosidade sobre esses temas também cresce consideravelmente.
Podemos identificar algumas características e sintomas desses transtornos. Mas minha proposta é irmos além disso. Ir além das categorias que nos definem como ansiosos ou depressivos.
Claro que é importante ficarmos atentos à alguns sinais que são comuns nesses casos. Irei citar alguns deles, pois se torna uma ferramenta para ficarmos alertas em relação à nós mesmos e as pessoas que são próximas a nós.
Mas muitas vezes esquecemos de olhar para nossa história de vida e nos limitados a nos enxergar dentro dessas definições, como se tudo que fizéssemos girasse em volta disso e sem nenhuma outra possibilidade de existir.
O objetivo deste texto é compartilhar conhecimentos e informações, não é uma forma de você se autodiagnosticar. É muito importante lembrar que para esse tipo de diagnóstico existe uma avaliação altamente detalhada que não se limita nos exemplos abaixo. Eles estão aqui apenas para ampliar a compreensão do tema.
Algumas Características
- Tristeza, sensação de vazio e falta de sentido e ausência de sentimentos
- Tem duração de semanas e meses (diferente da tristeza que dura horas ou dias)
- Autoestima muito comprometida
- Sentir-se inútil a maior parte do tempo
- O desempenho das tarefas do dia a dia fica comprometido
- Dificuldade em se animar na maioria das vezes
- Tem sintomas corporais muito prejudicados (ex: diminuição ou aumento de peso/apetite, falta de sono ou sono excessivo).
Pronto: agora agrupamos um monte de pessoas que podem se identificar ou possuir essas características. Isso nos ajuda muito para as estatísticas e estudos e promover estratégias e propostas de intervenção.
Mas na prática quem são cada uma dessas pessoas? Qual é a história de vida de cada uma delas? O que é tristeza para ela? E para a outra pessoa? Onde ela mora? Com quem ela convive?
Não vamos encontrar pessoas iguais, por isso não tem como colocar todas na mesma balança e definir o que elas são. Nesse sentido, o acompanhamento psicológico se faz ainda mais necessário, encontrando um cuidado ativo que possa oferecer mais condições de melhora na qualidade de vida e saúde mental.